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Há funcionários públicos que têm até sexta para escolher o seu futuro
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- Criado em 11-04-2013
Trabalhadores da Direcção de Serviços de Identificação Criminal são os visados. Centenas de funcionários de serviços centrais e lojas do cidadão que tratam de vários documentos, nomeadamente o cartão do cidadão, podem ser afectados.
Passar à mobilidade geral, rescindir amigavelmente ou colocação em tribunais. São estas as três hipóteses com que os trabalhadores da Direcção de Serviços de Identificação Criminal estão a ser confrontados, devido aos cortes na administração pública. Têm até esta sexta-feira para decidirem.
No início da tarde de segunda, o director de serviços reencaminhou por "e-mail" a todos os trabalhadores uma nota do director-geral da Administração de Justiça sobre a redução de pessoal. Na nota, a que a Renascença teve acesso, refere-se que tendo em conta o processo para a redução de pessoal, é urgente que se apure qual a disponibilidade dos funcionários - assistentes operacionais e assistentes técnicos - para as três opções em cima da mesa.
Os dirigentes devem elaborar uma lista e enviá-la ao director-geral até esta sexta-feira, dia 12. Para a Artur Sequeira, dirigente da federação nacional dos trabalhadores em funções públicas e sociais, trata-se de uma manifesta forma de pressão, que considera ser inaceitável.
"Estamos perante uma negociação de pressão. Os trabalhadores não conhecem nenhum normativo sobre a questão da rescisão de contrato. No próximo dia 17 vai haver uma reunião em que essa questão vai ser discutida. O que estão a dizer aos trabalhadores é que eles façam a opção entre três coisas das quais não conhecem as consequências reais e estão a criar esse processo numa situação de pressão", diz Artur Sequeira.
Em todo o país estão em causa algumas centenas de funcionários de serviços centrais e lojas do cidadão que tratam de vários documentos, nomeadamente o cartão do cidadão.
O Governo já anunciou que vai começar o processo de rescisões na administração pública pelos assistentes operacionais e técnicos, ou seja, os trabalhadores com menos qualificações. Para 17 e 18 de Abril, o secretário de Estado da Administração Pública tem reuniões agendadas com os sindicatos e antes deve mandar os projectos para discussão.
in RRenascença | 10-04-2013 | Ana Carrilho