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420 empresas procuram revitalização

São 420 as empresas que se apresentam ao PER. Em causa estão 13 mil postos de trabalho e um volume de negócios superior a 1,5 milhões de euros.

As empresas já apresentaram 420 Processos Especiais de Revitalização (PER), nos oito meses em que entrou em vigor o novo sistema para evitar a falência das empresas. Em causa estão 13 mil postos de trabalho e um volume de negócios superior a 1,5 milhões de euros, revelou o secretário de Estado adjunto da Economia na sessão de abertura de uma conferência da AEP dedicada ao Programa Revitalizar que está a decorrer em Matosinhos.

"Formalmente, são já 27 as empresas com o seu plano de revitalização aprovado e há pelo menos mais dez que aguardam a homologação do juiz", acrescentou António Almeida Henriques. O responsável e coordenador do Revitalizar acrescentou que "os resultados estão agora a aparecer com mais intensidade, mas, para já, foram salvos pelo menos 1.500 postos de trabalho e um volume de actividade de 250 milhões de euros".

Almeida Henriques aproveitou ainda a oportunidade para anunciar que na próxima terça-feira vai ser feita a contratualização dos fundos Revitalizar, que têm 220 milhões de euros para a capitalização de PME de base regional reestruturadas e manifestou o desejo de ver os fundos em pleno funcionamento no segundo trimestre do ano. Por outro lado, na próxima semana será lançada também a linha de capitalização de empresas de 500 milhões de euros, operada pela Caixa Geral de Depósitos, com a participação e garantia do Estado.

Almeida Henriques deixou ainda uma nota sobre o "sucesso da operação de regresso aos mercados". "Portugal está a restabelecer a sua credibilidade externa, reconquistámos a confiança dos nossos parceiros, dos mercados e dos investidores", diz o secretário de Estado, frisando ainda que esta operação terá "um reflexo positivo na economia" já que "estão criadas as bases para que bancos e empresas se financiem em melhores condições".

Mas deixou um alerta: Portugal ainda não chegou à meta. "O restabelecimento da confiança dos mercados externos não se faz por acaso, nem por jogadas de puro marketing. Só o saneamento das contas públicas e o controlo do seu défice", o aumento das exportações e a retirada do Estado da economia".

in Económico | 25-01-2013 | Mónica Silvares