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Estado e utentes gastaram menos 5,5% em Saúde

A despesa corrente em saúde caiu em 2012, revelam os dados da Conta Satélite da Saúde publicados hoje pelo INE.

A despesa corrente em saúde, que engloba os gastos do Estado e dos cidadãos, caiu 5,5% em 2012, depois de ter caído 5,8% no ano anterior, revelam os dados da Conta Satélite da Saúde publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Recuando a 2007, a despesa privada tem vindo a crescer (2,7% até 2012) enquanto a despesa pública fez o caminho inverso e tem vindo a cair, em média, 1,6%. Ou seja, enquanto o Estado gasta menos, os cidadãos têm desembolsado mais dinheiro do seu próprio bolso: a maior fatia (42,3%) é gasta em cuidados de saúde privados de ambulatório (por exemplo, consultas em estabelecimentos privados), logo seguida pelos medicamentos (27,9%) e pelos cuidados hospitalares privados (14,2%).

Olhando apenas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a despesa decresceu 8,7% em 2011 e voltou a cair 7,3% em 2012, "refelectindo os efeitos do reforço das medidas adoptadas em 2011, tais como a diminuição das despesas com o pessoal e com os consumos intermédios (medicamentos e meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica), a redução do valor dos contratos-programa com as entidades E.P.E., acrescidas de novas medidas no âmbito da política do medicamento", explica o INE.

in Económico | 21-06-2013 | Catarina Duarte