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Mais de 13 mil portugueses deixaram de pagar créditos

Maior parte das famílias que pede ajuda à Deco tem vários créditos pessoais. No ano passado, cerca de 700 mil as famílias não cumpriram as suas obrigações. Desemprego e baixa de salários entre as principais causas do incumprimento.

Nos primeiros três meses do ano, mais 13.300 famílias deixaram de pagar os seus créditos. Os números são do Banco de Portugal e confirmados à Renascença pela associação de defesa do consumidor Deco.

O incumprimento regista-se, sobretudo, ao nível dos créditos pessoais.

“Em regra, as famílias que nos pedem ajuda têm um crédito à habitação e vários créditos pessoais. Muitos dizem-nos que não querem renegociar o crédito à habitação, mas sim os pessoais, porque são, em regra, créditos de médio prazo com taxas de juro muito elevadas”, revela Natália Nunes, da Deco.

Cruzando os dados, a associação garante que o incumprimento no crédito à habitação estagnou e que são, sobretudo, os créditos com taxas de juro muito elevadas que provocam mais dores de cabeça.

“Os créditos que foram mais fáceis na contratação são os que têm taxas de juros elevadíssimas, que ultrapassam os 20%”, afirma a responsável da Deco, acrescentando do que grande parte das famílias que pedem ajuda contratou um crédito “com TAEG elevadíssimas quando já sentiam dificuldades”.

Desemprego e uma diminuição da remuneração dos trabalhadores são as principais causas do incumprimento.

Em todo o ano de 2012, foram cerca de 700 mil as famílias que não cumpriram as suas obrigações financeiras.

in RRenascença | 16-05-2013