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Ministério da Justiça ameaça romper negociações com guardas prisionais
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- Criado em 05-04-2013
Maior sindicato do sector avisa que vai convocar pelo menos 13 dias de greve: “daqui para a frente vão ser meses complicados nas prisões portuguesas”.
O Ministério da Justiça ameaça suspender as negociações com os guardas prisionais caso se venham a confirmar as greves agora anunciadas.
O gabinete de Paula Teixeira da Cruz reage assim ao ambiente de contestação que se instalou entre os dois sindicatos do sector, que se dizem enganados nas negociações sobre o novo estatuto profissional.
O Ministério diz não compreender os protestos, mas Jorge Alves, o presidente do sindicato mais representativo, diz-se enganado, razão pela qual vai convocar 13 dias de greve nos meses de Abril e Maio. “O sindicato sente-se completamente enganado, porque depois do compromisso assumido em 2011, a senhora ministra não cumpriu os vários prazos que garantiu para a conclusão do estatuto profissional.”
“ Ontem [quinta-feira], percebemos que na Secretaria de Estado da Administração Pública ainda não sabem de nada e só agora é que vão dar início às negociações formais do próprio estatuto, ou seja, é um voltar ao início de todo o trabalho que tivemos durante um ano e três meses”, argumenta.
Jorge Alves lembra que há mais de um ano que tem privilegiado as negociações e que por várias vezes suspendeu greves e outros protestos, mas que agora é impossível manter a mesma postura.
Prevê por isso paralisações em “Abril e Maio e não só”. “Daqui para a frente serão todos os meses muito complicados nas prisões portugueses, e enquanto o Ministério não resolver o problema que que criou e não fechar a negociação do estatuto profissional dos guardas prisionais e a fechar em conselho de ministros, terá a oposição do sindicato durante os próximos meses”, ameaça.
O outro sindicato dos guardas, com menor dimensão, também já anunciou 40 dias de greve, espalhados pelos meses de Maio, Junho, Julho e Agosto.
in RRenascença | 05-04-2013 | Celso Paiva Sol