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Milhares de docentes com "horário zero" obrigados a concorrer à mobilidade interna

escolaA Federação Nacional dos Professores (Fenprof) considerou hoje que milhares de docentes com "horário zero" vão ser obrigados a concorrer à mobilidade interna, devido ao corte de turmas imposto pelo Ministério da Educação.

"São obrigados a concorrer à mobilidade interna todos os docentes dos Quadro de Zona Pedagógica não colocados em concurso interno", refere a Fenprof, em comunicado, sublinhando que há 11.728 professores envolvidos neste concurso.

A Federação Nacional dos Professores adianta que "são ainda obrigados a concorrer à mobilidade interna todos os docentes que resultam do brutal corte de turmas imposto pelo Ministério da Educação e Ciência [MEC] às escolas e agrupamentos, desconhecendo quantos professores foram lançados na plataforma criada pela Direção-Geral da Administração Escola/MEC".

A Fenprof exige que o MEC torne público o número de docentes que as escolas lançaram nesta plataforma.

Segundo a Fenprof, o concurso para a mobilidade interna, que decorre até ao dia 06 de agosto, está a realizar-se sem se ter iniciado o concurso de professores à contratação inicial.

A Federação Nacional dos Professores critica também "a pressa" do MEC em iniciar o concurso para a mobilidade interna, sustentando que o prazo para lançamento dos docentes sem componente letiva terminou na terça-feira, "sem que o MEC tivesse reposto as turmas que cortou às escolas".

Nesse sentido, a Fenprof refere que há "milhares de docentes que, não prevendo terem de se apresentar a este concurso, têm vindo a ser contactados telefonicamente pelas escolas para o fazerem".

"Confirma-se, assim, que não houve qualquer inocência ou ingenuidade ministerial ao impor tais cortes, antes pelo contrário, fica a ideia de que, tal como no ano passado, a intenção é a de provocar um forte choque de horários zero nas escolas, com o objetivo de, no próximo, poder lançar o maior número possível de professores na mobilidade especial", adianta ainda o comunicado.

in Económico | 31-07-2013

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